sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meu credo


Creio no que existe e no que me faz existir;
Creio em um Deus que vai além da minha condição, e me ama antes mesmo de ser amado;
Creio e somente creio;
Creio, e arrisco devaneios de minha mente sincera e discreta ao se apresentar;
Creio em direções e contradições que a vida revela;
Creio no outro como agente de um Deus Uno e Trino. Afinal eu sei todo ser humano. Pode ser um anjo[1];
Creio em mim e deixo de acreditar a cada erro;
Creio nos que acreditam em falhas;
Creio nas ações e reações do ser humano;
Creio no otimismo e o pratico com gentileza;
Creio que da solidão podemos encontrar certezas para viver a felicidade;
Creio nas condições de existência que eu mesmo criei;
Creio nos que professam verdades com humildade;
Creio no amor ao próximo como essência e existência do Cristianismo;
Creio em um Deus que dança. E ouso a descordar de Nietzsche[2];
Creio da dança como expressão do corporalidade;
Creio no ser mulher como expressão de sensualidade e amor;
Creio na sedução que fazemos e sofremos;
Creio e apenas creio na felicidade, que só é alcançada por aqueles que crêem nela;
Creio na vida e em sua infinitude. Afinal tenho valores e ações eternas;
Creio na eternidade, mas admito que a brevidade da vida me intriga a viver cada vão momento[3];
Creio no "Carpe diem"[4];
Creio nos amigos e em suas falha;
Creio na juventude e em sua eternidade expressa em fatos e ações;
Creio, e somente creio que a vida vale mais quando aprendemos a ser humanos;
Humanos que em demasia sofremos, choramos e morremos;
Creio nas altas gargalhadas como exorcista de uma alma ensanguentada pelo sofrimento;
Creio na verdade de ser mortal e ainda assim viver eternamente;
Creio tão somente creio que outros pensem diferente, que vivam diferente;
Creio na inspiração que tenho, e nas poesias que escrevo;
Creio na realidade das coisas que me rodeiam, e das que estão por ai;
Creio nas criaturas divinas e na condição de humanidade nos dada;
Creio no ser Humano como imagem de um Deus amoroso;
Creio na família e em sua essência de união;
Creio nos amores e desamores que me formam;
Creio do indizível, por seu mistério apropriado;
Creio em detalhes que as palavras não revelam;
Creio em verdades e mentiras que me revelam;
Creio e tão somente creio que viver é não ter vergonha de ser feliz [5], que meu credo não consiste em palavras e tradições, mas na existência preconizante que me transforma a cada dia.



[1] Trecho da música Téo e a Gaivota, de Marcelo Camelo.
[2] Fazendo menção da frase de Friedrich Nietzsche: “Eu somente acreditaria em um Deus que soubesse dançar”.
[3] Citando Vinícius de Moraes. Soneto na Fidelidade.
[4] Frase em latim que significa: aproveite o dia.
[5] Parafraseando Gonzaguinha em sua música, O que é, o que é?

Um comentário:

  1. Julli, em cada pensamento, em cada argumento, em cada citação você conseguiu nos dizer, de forma direta que Deus está no espelho da arte de pessoas estranhas ao meio viciado em evangeliquêz. Com sua permissão, vou usar esse texto em meu blog.
    Parabéns pela sensibilidade de sua pena.
    Bjão

    Josué

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