sábado, 28 de março de 2009

Usos e Costumes

Estamos acostumados a acordar, comer, trabalhar, se divertir, dormir... Algumas dessas atividades são realizadas "religiosamente", uma rotina cronometrada pelo nosso organismo e ou pelas organizações que seguimos.
As vezes mudamos tudo: seguimos uma dieta diferente, dormimos mais ou menos, saímos de férias ou aproveitamos um feriado. Usamos e abusamos da nossa liberdade diária.
Mesmo seguindo certas atividades rigorosamente, o rigor não é a supremacia cotidiana, especialmente se quisermos mudar e melhorar. Entretanto, conscientes da liberdade que temos as mudanças nos deixam chocados, atônitos e logo logo passamos a nos acostumar. (Mudança lembra ânsia, fragância de um disistabilizar).
Todos esses fatores são diferentes quando se trata de usos e costumes no ambiente religioso. A ânsia de ser diferente, de mudar o mundano, não se abre para as mudanças. Esquecendo que o caráter cristão não se traduz nem se explica em usos e costumes.
Me deparo com a frase: "Nasci assim, morrerei assim". E quase escuto o "e ponto final", como se a vida fosse feita apenas de fins.
Enquanto as respostas e argumentos me chegam a "ponta da língua"... Reflito na celebre frase: "as vezes é melhor calar". Me seguro em pensamentos e sensações de uma fala que me atinge. Quero insistir em apresentar meu coração cristão que nasce no novo homem e que deseja mudar em novidade de vida a cada dia.
Lembro das escolhas que fiz, das certezas que ainda tenho, dos meus usos e costumes que antes de me acostumar, quero melhorar.
Diante disso penso porque há uma separação entre usos e costumes humanos (comer, vestir...) e usos e costumes religiosos (pode usar ou não pode).
Há um homem humano e um homem religioso?
O humano é mundano?
Somos humanos?
Somos cristãos?
A resposta pra mim se torna clara, no entanto obscura para outros: Tudo que uso é meu
Uso, tudo que acostumo é meu Costume.
Entendo que a liberdade que tenho de escolher entre arroz ou feijão para comer é a mesma para viver. A única certeza imutável é a minha salvação que Cristo não me deu em vão, quero continuar desfrutando da minha eternidade, que já começou, acreditando no amor, graça e fidelidade do Senhor para comigo.
Merecedora? Claro que não.
Mas vivo para vivenciar de um Deus vivo.
Um Deus livre dos conceitos e pré-conceitos de corações humanos e mundanos que convivem numa mesma esfera, sem separação, uma mesma coisa: o homem.
Prossigo meu caminho, aprendendo e apreendendo o que me serve, com liberdade pois sou
SERVO DE ORELHA FURADA.
Julliana Cíntia