domingo, 15 de novembro de 2009

Liberdade

Utilizamos a nossa não liberdade caracterizado-a como necessidade (instinto) para justificar nossas ações esquecendo que as ações só são realizadas passivas de escolhas que nos mesmo fazemos.

Eu posso ou não posso?
Quero ou não quero?
Sou ou não sou?

Eis as questões que nos intrigam na nossa vã vida e nos fazem esquecer que somos livres para poder, querer, ser e fazer o que desejamos.

Conscientes que essas escolhas nos transformarão e que é impossível voltar a ser os mesmos.

Risco? Existe.
Angústia? Existe.

Mas, Acima de tudo há liberdade, qualidade de ser livre.

domingo, 25 de outubro de 2009

Ser EU

Respeite a você mais do que aos outros. Respeite suas exigências, respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver. (...) Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma...
(Clarice Lispector)

Foi lendo esse texto que descobrir que preciso ser EU, apenas um eu sem saída e medidas mas com adições, contradições e inspirações que me constroem e destroem o que é meu e que poderá ser teu se quiseres compartilhar comigo essa intripidez que avança e define minha vida.

Sou EU aqui e ali, nas ações, frases e danças, nas armadilhas e nas cartilhas, nas vida de um e de todos, na minha essência de vida que se revela em existência atualizante e atualizada.

Sou EU, em mim, em si, para si e para o mundo, num misto de coisas que me traduzem e seduzem o que em mim.

Respeitar a mim mesma só é possível quando me vejo e me vê é está despida das frações e versões que criaram de mim e ser Eu com defeitos em um percurso per-feito por mim. É me despir de mascara e ilusões que só me trazem frustrações de um dia não vivido, de outros escondidos e de um amanhã esperado e esperando encontrar o que não se sabe o que cabe em mim.

Não sei o que me cabe, nem o que preciso. "Só sei que é assim", é jargão demais pra um EU em transição e aquisição de EUS.

Mas assim vou vivendo, levando a vida ou sendo levada por ela?

Vivendo.

Sem deixar dúvidas, e mesmo assim com todas elas.

sábado, 26 de setembro de 2009

Medo

Hoje senti medo, medo de sentir medo, medo de ta sozinha mesmo com muitos amigos, medo que os amigos se vão. Medo de não encontrar a fonte de vida. Há fonte de vida?

Medo de está só, mas já estou só, às vezes tenho medo de coisas que já existem e está acontecendo, meu medo é que elas insistam em continuar acontecendo.

Medo da solidão, aquela que sufoca e afoga os sonhos e certezas, porque só sentimos medo.

Medo de ser eu mesma e mesmo assim não ser.

Medo que descubram os meus segredos, e que eu tenho medo.

Medo que o amor roube a minha segurança.

Medo que risco me tire do chão, me tire de órbita.

Mas o que é o medo?

O que é isso que assustam todos e nos faz parar ou caminhar?

O medo é a presença do terrível-não-acontecido, se apossando das nossas vidas. Ele pode acontecer? Pode. Mas ainda não aconteceu e nem se sabe se acontecerá”. Rubem Alves

Precipitação? Antecipação? Agonia?

Tudo isso pode se caracterizar como medo, como ânsia do que está por vir, mas que pode não vir.

Diante disso fiquei pensando no que fazer da vida, do medo, o que ser, de como viver? Como enfrentar a vida cheia de medos, ilusões e soluções?

Lembrei das palavras de Jesus em Mateus 6.34: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

A questão é viver cada dia, cada segundo, aproveitando o que ele tem o que ele é. Será o último? Não sabemos. O que ele tem para nós? Não sabemos. Só descobriremos a cada segundo de existência.

Se for bom, maravilha.

Se for mal, melhoraremos.

Se sorrirmos, façamos com vontade.

Se chorarmos, derramaremos todas as lágrimas, para que ela não nos perturbe mais.
Agora penso, tenho medo de não aproveitar a vida e no meu epitáfio escrever: “Devia ter...... mais e mais”.

Medo, novamente o medo.

O terrível não é o que está à frente; é o que deixamos para trás”. Rubem Alves

Nunca deixaremos de tê-lo, nunca seremos sem o medo.

Afinal não quero viver o futuro, muito menos o passado. Quero viver o meu PRESENTE PRECIOSO, hoje e somente agora. Deixando para trás só o que quiser ficar pra trás, tendo coragem de enfrentar o mal de cada dia, o dragão de cada dia.

E finalmente entender que: “Coragem não é ausência do medo. É viver, a despeito do medo”. Rubem Alves.

Assim vivo o meu medo de hoje e viverei o de amanhã.

E você está disposto a sentir medo?

sábado, 12 de setembro de 2009

Aos Amigos

A vida me completa.
Tudo gera completude.
A flor que completa a abelha.
A cor que completa o arco-íris.
Um Eu que completa um Tu.

É nessa troca constante, incessante que vivemos, afins, aquém, além.
Como o hotizonte que completa a paisagem só por existir e insistir em está lá.

Tenho me completado com pessoas, com risos, danças, frases piegas e pífias, histórias que me deram alento e me fizeram vê que aqui dentro mora um pouquinho de todos que conheço. ME COMPLETEI, não apenas com um ser como cantam os amantes, mas com todos como traduz a quimera.

"Não sou de ninguém, eu sou de todo mundo" (Tribalistas) frase que se traduz em mim como:
Estou em vocês, vocês estão em mim, numa troca constante e por vezes errante que irradia e me diz que não estou só.

"Deus faz o solitário habitar em família" (Salmos 68. 6) Vivi essa afirmação nesses últimos dias, mesmo que desprendidos disso, vocês me fizeram vê que vivo, em mim, em vocês e com vocês.

À vocês amigos que me cercam em carinho, amor e amizade. Que me mostram as grandes e diversas faces de mim: menina, mulher (com um pé lá), estudante, profissional, solitária, em multidões, irmã, amiga, prima, alegre, triste, divertida, morgada, dançarina, atrevida...

À vocês que com carinho fazem parte de mim.

Aos amigos que me cativaram por apenas existir.

AMO VOCÊS !!!!!!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Loucos

Loucos Eternamente Loucos...
...são os que procuram sem fim amar para viver ou viver para amar. São desconhecidos mas reconhecidos em cada olhar. São escondidos e intediados por ativismos que não constroem que apenas corroe o que de humano parece haver.

Ai vem o entardecer que revela o prazer da vida simples, da música boa, da poesia a toa que se vê no céu, na terra, no mar e no ar.

Loucos Perdidamente Loucos...
...são os canarinhos que cantam por existir e exprimir a beleza dos sons que sem palavras nos falam de liberdade, de saudade, do amor, do calor que a vida traz.

As vezes, as palavras são muitas, como agora. Sem sentido ontem, sem razão amanhã. Sentida hoje, com permissão para crescer e encontrar o prazer que nos faz amanhecer a cada instante que respiramos.

Loucos Inconfundíveis Loucos...
...são aqueles que acharam graça nesses escritos, entendendo o que fiz não por que é pra mim, pois o mim não faz nada, só recebe.

Entendes-tes alguma coisa? Sorris-tes, choras-tes, Encontras-tes o que procuravas?

Loucamente te respondo aqui e agora: És louco por natureza e ai está a eterna beleza que encontro ao me olhar.

domingo, 26 de abril de 2009

TRANSGRESSORES

Tenho uma visão, diferente de tudo que vivi e que eu quis, de tudo que esperava e ansiava.
Vejo um povo que luta contra as potestades, contra a carne, que nega a si mesmo para não negar a um chamado. Um povo que escolheu ser diferente, que luta na contramão da vida. São TRANSGRESSORES.
TRANSGRESSORES?
Sim, TRANSGRESSORES. Transgridem um modo de viver ditado por muitos. Transgridem padrões de beleza, padrões de sexualidade, visões e ações. Transgridem sonhos e esperança.
Do chique escolhem ser brega,
Do sexo escolhem ser careta.
Da visão escolhem a incerteza que se traduz em fé.
Dos seus sonhos escolhem abandoná-los.
Da vida escolhem morrer pra si.
TRANSGRESSORES de um mundo onde o que é fashion é ter muitos amantes, é vê o provável, é aceitar o que já existe. Um mundo que constrói sonhos inatingíveis que prende seus seguidores em uma escuridão sem fim. E vão vivendo como zumbis, presos a realizações que não trazem paz, amor, nem esperança.
Quem está alienado agora?...
Olho para esse povo e vejo que é possível transgredir as certezas desse mundo e viver na contramão da história.
Cristo nos chamou para transgredir, para revolucionar, para transcender valores que são impostos a nós.
Valores que estão sendo pregados fora do quarto e da igreja. Valores que vão ser pregados nas nossas universidades, no nosso universo.
O que somos? TRANSGRESSORES.
O que seremos? TRANSGRESSORES.
Quebramos, destruímos todos os nossos sonhos para Deus construir o Dele conosco. Numa relação tão intrínseca que não se separa profano do sagrado, sujeito do objeto, carnal do espiritual. Uma aliança inquebrável, indissociável que por amá-lo negamos sonhos, família, relacionamentos, imagem, dinheiro, fama, a vida.
No entanto por amor a Ti (Senhor) o nosso chamado não negaremos.
Julliana Cíntia

Texto escrito no Tempo a sós com Deus, em um acampamento do
Movimento Estudantil Alfa e Ômega
Estudantes comprometidos com um só propósito.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Amar é tudo?

"Agora o que vamos fazer? Eu também não sei, afinal será que amar é mesmo tudo? Se isso não é amor o que mais pode ser? To aprendendo também."

O que eu também não entendo.

Jota Quest

O trecho dessa música me intriga e me fez pensar o que significa o amor pra mim.
Escolha? Sentimento? Paixão? Desejo?
Como o amor pode despertar tantos olhares para sua definição, sua vivência, seu sentir...
O amor que não se pode tocar, nem cheirar, que não tem sabor, não é visto e muito menos escutado. Não se pode defini-lo pelas percepções sensoriais.
Mas o que os poetas, amantes, compositores, namorados, humanos sentem? É o amor? O que ele é?
Espero que não entendam essas indagações como se não acreditasse ou vivenciasse o amor. No entanto não encontro frações, nem nos próprios corações, para explicá-lo, defini-lo ou declará-lo.
Será que amar foi feito para nós humanos? Mortais?
Deus é amor. Deus nos ama.
Seguindo esse amor, que é a essência e a existência entrelaçando sentido e razão, talvez nunca experimentemos nem tão pouco, experimentaremos amar.
O que procuramos e o que temos é uma forma e porque não dizer a partícula microscópica do amor.
Diante disso até a idealização do amor se torna banal.
Vejamos o amor de Deus:

"Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: 'Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro'. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demónios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor". Romanos 08. 35-39.

Amor que nada separa, nem mesmo a indiferença do ser amado. Ser feito pelo e para seu amor. Afinal será que amar é mesmo tudo?

Se isso não é amor o que mais pode ser?

“Porque Deus amou o mundo de uma tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3.16
Amor tanto que não nos restou amor.
Talvez o que temos seja a sombra fina e findável de um amor tão imenso que o universo, a dimensão humana também não entende. Quem sabe seja por isso que gastamos tanto tempo, escrevendo, cantando, procurando o amor.
O que encontramos?
Não sei, afinal to aprendendo também.

Julliana Cíntia

sábado, 28 de março de 2009

Usos e Costumes

Estamos acostumados a acordar, comer, trabalhar, se divertir, dormir... Algumas dessas atividades são realizadas "religiosamente", uma rotina cronometrada pelo nosso organismo e ou pelas organizações que seguimos.
As vezes mudamos tudo: seguimos uma dieta diferente, dormimos mais ou menos, saímos de férias ou aproveitamos um feriado. Usamos e abusamos da nossa liberdade diária.
Mesmo seguindo certas atividades rigorosamente, o rigor não é a supremacia cotidiana, especialmente se quisermos mudar e melhorar. Entretanto, conscientes da liberdade que temos as mudanças nos deixam chocados, atônitos e logo logo passamos a nos acostumar. (Mudança lembra ânsia, fragância de um disistabilizar).
Todos esses fatores são diferentes quando se trata de usos e costumes no ambiente religioso. A ânsia de ser diferente, de mudar o mundano, não se abre para as mudanças. Esquecendo que o caráter cristão não se traduz nem se explica em usos e costumes.
Me deparo com a frase: "Nasci assim, morrerei assim". E quase escuto o "e ponto final", como se a vida fosse feita apenas de fins.
Enquanto as respostas e argumentos me chegam a "ponta da língua"... Reflito na celebre frase: "as vezes é melhor calar". Me seguro em pensamentos e sensações de uma fala que me atinge. Quero insistir em apresentar meu coração cristão que nasce no novo homem e que deseja mudar em novidade de vida a cada dia.
Lembro das escolhas que fiz, das certezas que ainda tenho, dos meus usos e costumes que antes de me acostumar, quero melhorar.
Diante disso penso porque há uma separação entre usos e costumes humanos (comer, vestir...) e usos e costumes religiosos (pode usar ou não pode).
Há um homem humano e um homem religioso?
O humano é mundano?
Somos humanos?
Somos cristãos?
A resposta pra mim se torna clara, no entanto obscura para outros: Tudo que uso é meu
Uso, tudo que acostumo é meu Costume.
Entendo que a liberdade que tenho de escolher entre arroz ou feijão para comer é a mesma para viver. A única certeza imutável é a minha salvação que Cristo não me deu em vão, quero continuar desfrutando da minha eternidade, que já começou, acreditando no amor, graça e fidelidade do Senhor para comigo.
Merecedora? Claro que não.
Mas vivo para vivenciar de um Deus vivo.
Um Deus livre dos conceitos e pré-conceitos de corações humanos e mundanos que convivem numa mesma esfera, sem separação, uma mesma coisa: o homem.
Prossigo meu caminho, aprendendo e apreendendo o que me serve, com liberdade pois sou
SERVO DE ORELHA FURADA.
Julliana Cíntia